A história é feita por inesperado e fatos que deixam sua marca na vida das pessoas. Ver uma transferência de poder (ou handover) entre um primeiro-ministro demissionário para a nova líder do partido majoritário no parlamento que pode virar o chefe de governo tão logo que o premiê entrega sua renúncia para a rainha e que aconselha a chamar tal postulante ao cargo.
O handover entre David Cameron e Theresa May trata disso com uma certa dose de humor britânico. Cameron anunciou que iria renunciar tão logo fosse escolhido um novo líder conservador. O que nós pensávamos em uma longa disputa entre Andrea Leadsom e Theresa May se transformou em uma aclamação para May e assim ela virou a nova primeira-ministra.
Mas Cameron queria se despedir do parlamento ao falar de seu legado como as reformas econômicas, medidas de austeridade nas contas públicas além da legalização do casamento gay na Inglaterra e País de Gales durante a derradeira sessão de perguntas ao primeiro-ministro e tendo que olhar o encrencado líder trabalhista Jeremy Corbyn.
Um MP norte-irlandês sugeriu novos ares para Cameron como ser técnico da Inglaterra ou apresentar o programa Top Gear da BBC Two. Corbyn deu a ideia para que o ex-premiê fosse jurado em um reality show de dança com celebridades e também agradeceu ironicamente a mãe de David por seu generoso conselho para que Jeremy vestisse um bom terno e cantasse God Save The Queen (o hino britânico).
Após tais sugestões. Cameron afirmou que tem amor por Larry, o gato que caça ratos em Downing Street e repetiu a frase I was the future once que disse para o primeiro-ministro trabalhista Tony Blair nos tempos que era líder da oposição em sua fala derradeira no parlamento. Bem, temos um humor bretão para ficar na nossa memória de fatos históricos.