Eu acordei tarde para ver a segunda sessão de treino livres do GP da Áustria. Meu amigo professor universitário britânico viu uma resposta minha sobre nos encontrarmos na madrugada de sexta pra sábado segundo o fuso-horário brasileiro porque assistirei o jogo de rugby entre All Blacks e Tonga. Ele respondeu que irá descansar da longa noite de futebol por causa dos jogos das quartas de final da Eurocopa como Espanha vs Suíça e Itália vs Bélgica. Ele ainda verá os partidas do sábado como Inglaterra vs Ucrânia e República Checa vs Dinamarca.
Os ingleses estão empolgados com o english team comandado por Gareth Southgate que era criticado por vários brasileiros que fingem entender futebol nas redes sociais antes da vitória inglesa contra a Alemanha nas oitavas de final no estádio londrino de Wembley. Logo entendi porque nós, os brazucas, são vistos como os malas do mundo em palpitar sobre qualquer coisa sem o mínimo de conhecimento sobre o mundo contemporâneo e não lemos os jornais e revistas.
Southgate foi motivo de piadas no Reino Unido após a derrota para a mesma Alemanha na Eurocopa de 1996 que foi realizada na Inglaterra por perder um pênalti nas semifinais de tal torneio. Desde 1966, os ingleses sempre foram clientes preferenciais dos alemães tanto nas Eurocopas quanto nas copas do mundo. Sem contar a ascensão alemã quando o país era dividido entre Alemanha Ocidental e Alemanha Oriental como uma forma de punição por causa das duas grandes guerras mundiais.
Para os ingleses que sofreram com as gerações perdidas de craques como Rio Ferdinand, Michael Owen, David Beckham, Gareth Southgate, Gary Lineker, Alan Shearer e Paul Gascoygne ao longo de fracassos em competições internacionais. Era mais fácil ouvir um canto de apoio ao English team escrito por Rik Mayall do que escutar um gol inglês em um momento decisivo como a recuperação dos brios da seleção inglesa como aconteceu na copa do mundo de 2018 na Rússia.
Amanhã, as esperanças britânicas estarão na cidade eterna de Roma onde os ingleses irão jogar contra os ucranianos. Kiev celebra isso por unir um país dividido pela guerra civil nas províncias de Luhansk e Donetsky e sem contar a ocupação russa da península da Crimeia. O jogo de amanhã irá unir duas nações em seu desejo por uma vitória pra prosseguir na competição europeia. Porém, será uma longa noite de verão no Reino Unido onde o meu amigo professor universitário britânico terá tempo pra ver o futebol.