O fantasma Nisman

Se um país onde os mortos incomodam os vivos é a Argentina. Tais como o ditador Juan Domingo Péron e sua mulher Evita sempre estiveram no imaginário da nação portenha. Agora, o novo fantasma é o promotor Alberto Nisman. Ele iria acusar a presidente Cristina Kirchner por encobrir o envolvimento de agentes iranianos no atentado contra a entidade judaica Amia, onde 85 pessoas foram mortas em 1994. O caso é um enigma envolto de outro enigma. Tanto que o próprio Nisman foi encontrado morto em seu apartamento em janeiro passado.

O caso Amia despertou o velho espírito argentino de contestação. Ontem a noite, mais de 400 mil pessoas foram as ruas de Buenos Aires pedindo justiça e esclarecimento na morte do promotor. O protesto convocado por promotores cria uma sensação de crispação política. Onde governo e oposição se acusam mutuamente no envolvimento da morte de Nisman. Os argentinos exigem a verdade mesmo com o clima de disputa política envolvendo ambos os grupos políticos. Logo em ano de eleições presidenciais.

A presidente Cristina Kirchner usa o termo golpismo. Mas a medida que a imprensa revela novos fatos sobre misteriosa morte do promotor. A nuvem da suspeita ronda a Casa Rosada. Cristina é uma presidente em crise política e econômica ao mesmo tempo. Ela se lançou em um conflito aberto contra o grupo Clarín porque o órgão de imprensa criticou o governo durante o locaute de 2008. Desde de então, a mandatária recorre ao qualquer meio de censurar os jornais, revistas, sites, rádios e TVs que tem uma postura de oposição.

A morte de Nisman cria um confronto aberto entre o judiciário e o governo. A recente entrevista de uma jovem de 26 anos ao jornal Clarín onde revelou que houve falhas na perícia do apartamento do promotor cria a sensação que os argentinos estão sendo enganados e isso pode gerar uma revolta popular onde Cristina não tem como controlar tal movimentação política. Nos protestos de ontem, não se teve notícia de comparecimento de um político da oposição entre os manifestantes.

Os próximos dias vão ditar o rumo dos protestos no país portenho. A população quer saber a verdade sobre o caso Nisman. Os promotores terão que ir até as últimas consequências para encontrar as respostas deste enigma que intriga a vida política da nação. Os argentinos querem respostas sensatas e uma classe política que tem o dever de exigir uma apuração independente. Os mortos e os fantasmas rondam a Casa Rosada mais para atrapalhar a vida de Cristina do que descansar em paz.

O novo velho calote argentino

Na semana que passou, a Argentina não conseguiu fechar um acordo com seus credores sobre a renegociação da dívida externa do país. Tanto que um calote na dívida foi anunciado. Isso fez que o índice Merval, da Bolsa de valores de Buenos Aires caisse 8% na quinta-feira.

Por mais que o chefe de gabinete e negociador-chefe Jorge Capitanich acuse o juiz da vara de New York Thomas Griesa e seu mediador Daniel Pollack de incompetentes. É fato que o populismo feito na Casa Rosada tenta iludir a população tanto sonegando informações sobre a inflação quanto com discursos ufanistas.

Acusar os hedge-funds como fundos abutres mostra a falta de competência do governo em lidar com os compromissos assumidos em 2005 e 2010. A presidente Cristina Kirchner não consegue mais enganar a população com a retórica populista além de seu ministro da economia,  Axel Kicillof, dizer que o país está em calote técnico (ou default) é uma imensa estupidez.

A economia precisa ser comandada por pragmatismo e sem populismos para evitar uma crise econômica onde a população sofre com os desmandos de ambas as partes. Isso deve ser levado em conta quando vemos um país como a Argentina em seu segundo calote em 13 anos.

Os argentinos não tem mais paciência com as loucuras feitas pela presidente Cristina Kirchner. A economia precisa restaurar a sua credibilidade em meio a tanta desconfiança do mundo inteiro. Isso pode fortalecer economicamente o país. Mas Cristina insiste em seu populismo que afunda a Argentina na crise.

 

 

Cristina Kirchner critica ator em carta só por questionar o seu enrequecimento

Em carta, Cristina Kirchner critica ator por questionar enriquecimento

Fonte: site Folha de S.Paulo.

Fato: a presidente argentina gosta de atazanar os outros com picuinhas do que resolver os problemas do seu próprio país.

Argentina vive conflito entre Cristina Kirchner e o Grupo Clarín

Governo argentino notifica Grupo Clarín do início da transferência de licenças

Fonte: site Folha de S.Paulo.

A Argentina vive um momento complicado. O governo argentino está notificando o Grupo Clarín (grupo de media independente que faz críticas a presidente Cristina Kirchner) para vender o excendente de concessões de rádio, tv e tv a cabo que lhe pertence.  O grupo anunciou que irá contestar a lei de meios( que regula o mercado de comunicação argentino) na  justiça. A decisão está com a Suprema Corte. Isso que é uma democracia como a argentina onde a presidente gosta de se vingar contra aqueles que são contrários ao seu governo invés de resolver os problemas da nação.

Cameron e Kirchner discutem sobre as Falklands/Malvinas no G20 para nada

A cúpula do G20 no México não produziu nenhum documento relevante para tentar salvar a economia mundial. Pelo menos, serviu para aparar as arestas entre argentinos e britânicos sobre as ilhas Falklands/Malvinas. Durante o encontro, o premiê britânico David Cameron foi cumprimentar a presidente argentina Cristina Kirchner pelo seu apoio as reformas dos bancos europeus. Mas a presidente entregou um envelope com um monte de resoluções da ONU sobre as ilhas. Cameron não aceitou o envelope e disse que não discutiria o assunto com ela.

Em entrevista coletiva,  Cameron disse que referendo de 2013 com os habitantes das ilhas irão decidir sobre a sua soberania  “dará uma oportunidade aos que há algum tempo não prestam atenção a esse assunto e talvez estejam aceitando a propaganda do governo argentino”. Pelo visto, Cameron foi o único homem que não se curvou para a señorita Kirchner e ela ainda não se tocou nisso.