Quando eu estava em Saigon. Acreditava que o Vietnã do Sul não aguentaria uma ofensiva militar dos vietcongues e do exército do Vietnã do Norte. Os americanos haviam assinado um acordo de paz com a nação comunista em detrimento ao apoio de seu aliado capitalista. Isso ficava martelando em minha mente ao ouvir sobre os boatos de um avanço norte-vietnamita.
Nunca na história humana. Uma democracia foi derrotada por um regime autoritário que desejava unificar a nação dividida por um acordo que tinha pouco valor prático por seus ideais comunistas. Eles usavam chinelos feitos de sobras de pneus além de ter uma sofisticada rede de tuneis subterrâneos que nem o agente laranja e o napalm eram capazes de destruir.
Nós nos perguntávamos como os soldados americanos iriam retirar de Saigon após as notícias de uma ofensiva norte-vietnamita. A população estava muito assustada com os comunas que poderiam ameaçar as suas vidas com o modo de vida comunista. O todo poderoso aliado Estados Unidos estavam enviando helicópteros para resgatar os cidadãos refugiados na embaixada na capital sul-vietnamita.
Mas decidi ficar em Saigon para ver como a população que tinha uma grande admiração com os vietcongues. Eles representaram uma forma de coragem em enfrentar o inimigo americano. A última noite antes da queda de Saigon era um misto de preocupação e alívio. Eu via as belas mulheres que ficavam no hotel enquanto os soldados americanos deixavam suas namoradas para atrás.
Minha última noite em Saigon era uma melancolia de ver como um país tão capitalista pode cair ao vigor comunista. Era como o proletariado tivesse triunfado diante da elite corrupta que mal sabia se defender sem ajuda dos americanos. Quando os norte-vietnamitas chegaram a capital sul-vietnamita. Senti que a meu privilégio de estar em Saigon seria uma coisa tão marcante em minha vida.