Ontem, os italianos soltaram os rojões. Mas não era por alguma comemoração de copa do mundo. Mas sim pelo fim de uma era na política italiana. Chegava ao fim o domínio do ex-premiê Silvio Berlusconi. Ele foi cassado pelo senado italiano por causa de sua condenação de fraude fiscal na compra de direitos de filmes para o seu grupo de mídia Mediaset. Isso foi um alívio para os italianos.
Durante vinte anos, Berlusconi dominou a política italiana com o seu discurso conservador após a queda da democracia-cristã por suas ligações com a máfia que foi denunciada pela operação mãos-limpas. Por tanto tempo, Berlusconi representou a direita defendendo amplas reformas econômicas que só trouxeram problemas para a economia italiana.
Tanto que Berlusconi foi agraciado com o título de Il Cavaliere ( o cavalheiro em italiano) por seus apoiadores e o apelido de crocodilo por seus adversários. Berlusconi é uma figura que se ama ou se odeia. Tanto por seus atos como um bufão ou por sua habilidade política de fugir dos processos judiciais que responde na justiça italiana que tanto acusou de servir a esquerda.
Mas a era Berlusconi chega ao fim políticamente. Mas ele terá que se defender de processos como fazer sexo com uma jovem prostituta de 17 anos durante as suas festas chamada de Bunga-Bunga. Ele ainda acusa os juizes de serem comunistas e no seu ato derradeiro, diz que a democracia italiana está de luto por causa de sua cassação do mandato de senador.
A democracia italiana não está de luto pelo crocodilo Berlusconi, mas sim feliz por se livrar de uma erva daninha como ele. Ontem, os italianos corretos foram dormir em paz. Eles viram que a justiça fosse feita contra o crocodilo Berlusconi. Agora, a Itália pode pensar no presente e planejar o futuro sem ter a figura nefasta do crocodilo Silvio Berlusconi