Em mais uma daquelas pesquisas sobre valores ocidentais no mundo indicam que o Brasil se assemelha…ao Vietnã na questão intelectual. Isso faz sentido por causa da ojeriza aos americanos nos anos 1970 quando Hanói anexou Saigon e o general-presidente Geisel rompeu as relações militares com Washington após uma rusga interna com o seu ministro do exército Silvio Frota que era um americanófilo nato.
O grande problema é que o Ocidente está em mais uma crise existencial como aconteceu nos tempos da Guerra Fria onde americanos e soviéticos tentavam mandar e desmandar no mundo junto com a ascensão de regimes políticos como o comunismo chinês e a teocracia iraniana em suas funções de oferecer uma alternativa para os não-alinhados cansados de serem vassalos de Washington ou Moscou dependendo do humor do momento.
Meu amigo Davizinho se pergunta como estamos no Ocidente após ter dado o like em tal tweet de um conhecido dele sobre a crise existencial do mundo ocidental. Logo entendemos isso quando os alemães-ocidentais iniciaram uma política de aproximação com a Alemanha Oriental chamada Ostpolitik criada pelo chanceler Willy Brandt que foi prefeito de Berlim no momento onde o muro da vergonha foi construído em 1961.
Os alemães-orientais sempre foram mais entusiasmados apoiadores dos chanceleres alemães-ocidentais mesmo com as restrições do Partido Comunista local obedecendo as ordens de Moscou para que pudesse criar um surto de modernização em Dresden que nunca deu certo por causa da combalida tecnologia soviética para construção de bens de consumos como os carros Trabant com motores de dois tempos.
O Brasil é uma espécie de civilização que tropeça em si a todo momento com lampejos de genialidade tropical como a Bossa Nova e o Plano Real. Mas nunca chegamos a linha de chegada do ocidentalismo como os nossos ipanemenses tanto desejam para consumir o último disco de John Coltrane sem ter que dar satisfações sobre porque não está escutando o rock nacional dos anos 1980. Enfim, nem sei se somos ocidentais…
Homo Causticus 