Sempre vejo um vídeo da abertura do Jornal Nacional de 1972 onde surgia uma publicidade do Banco Nacional com a seguinte frase dita por um locutor: “Com o prestígio do Banco Nacional e das empresas do Grupo Nacional oferecem mais uma edição jornalística da Rede Globo” Pensei nisso ontem enquanto ajudava uma amiga com uma transferência internacional de grana no Twitter. Sem contar nas vezes que arrumo a fatura com o cartão de crédito.
As coisas mudaram muito nos últimos 49 anos. Os grandes grupos nacionais deram lugar as fintechs que oferecem contas gratuitas a jovens que tem aversão aos bancos. Sem contar o oligopólio do sistema bancário nacional que o Banco Central tenta reverter (a única coisa que é elogiada nos cadernos de economia sobre o atual desgoverno). Logo entendo porque a minha amiga quis abrir uma conta em um serviço financeiro sem burocracia.
Em 1994, o país viveu a transição do URV para o Real para conter a inflação. Eu lembro da minha mãe me levar ao banco para pegar uma lista de conversão de valores para não se confundir nas compras do mês no supermercado. Para uma criança como eu. Eu queria mexer na tecnologia do momento que era um caixa eletrônico. Sempre fiz isso quando eu tinha férias escolares para ir a uma agência bancária para mexer no computador e conversar com um gerente sobre a minha poupança.
Em 2021, ela pode fazer uma transação bancária em um aplicativo. Ao ajudar a minha amiga, ela me mandou um print com as lista da bancos americanos onde poderia mandar o dinheiro. Identifiquei bancos como Wells Fargo e o Citibank. Sem contar o HSBC e o Barclays, que são empresas britânicas nos quais tirei sarro em 2012 diante do escândalo da manipulação das taxas Libor que eram usadas nas transações financeiras na bolsa do Londres.
Enfim, ela me agradeceu por lhe ter ajudado e conseguiu enviar o dinheiro ao fazer a transação em um notebook invés de um aplicativo. O mundo não pode ser resolvido apenas em um toque em uma tela touchscreen. Eu já faço isso há tempos. Logo entendo que as novas tecnologias sempre nos complicam em um momento inoportuno com o prestígio do banco nacional e das empresas do grupo nacional que oferecem este post do Homo Causticus.