Missão Petrônio

Quando eu estava no instituto. Meu pai e eu compramos o livro sobre a história do Jornal Nacional por causa da minha curiosidade histórica. Eu estava lendo muito sobre o regime militar tendo figuras como Ulysses Guimarães e João Figueiredo. Numa dessas pesquisas, eu achei o nome de Petrônio Portela, que foi incumbido pelo presidente Ernesto Geisel de para iniciar o processo de distensão política seguindo o lema da abertura lenta, gradual e segura.

Hoje, eu vejo os jovens mais segmentados nas redes sociais para reafirmar suas convicções sem abandonar seus príncipios. Isso cria uma intransigência onde não se permite uma conciliação por meio da política. Os universitários representam bem isso com suas lutas viscerais sobre o mundo acadêmico onde universidades públicas enfrentam aos alunos da rede privada onde a qualidade do ensino rola ladeira abaixo segundo o Pisa.

É fácil reclamar da futilidade alheia quando criticamos as baladas. Porém, esquemos de criarmos canais de comunicação. No Instituto, eu tinha vários amigos com quem podia conversar. Na época onde os alunos do primeiro ano eram considerados bichos debaixo da terra por nossa professora de química. Eu era conhecido pela turma do 3º ano pelo meu lado curioso. O 2º ano me entendia por causa de ser rato de biblioteca.

Eu não tenho essa coisa segmentada. A universidade não me atrai como nos tempos do Instituto onde eu lia os livros na biblioteca quando rolava um tempo livre. Eu ouvia bandas de rock e não implicava com os meus amigos sobre isso. Meus amigos sabiam disso e me viam como um intelectual aberto que conversava com as pessoas. O meu lado tagarela me ajudava nessas horas por mais que os indíviduos não tinha paciência na vida adulta.

Petrônio Portela tinha que ver o lado político do congresso para prosseguir com o processo de abertura em uma país que não era uma ditadura, mas não era uma democracia. Brasília vivia tempos onde a transição política era feito de avanços e recuos onde os atores políticos queriam evitar uma ruptura política e colocar a nação em uma paz. Acho que os jovens ainda se perguntarão sobre a Missão Petrônio em 1977.

Políticafobia

Dias atrás, um humorista que cunhou o termo de plágio cômico na internet citou os grupos de whatsapp de ex-alunos de escolas particulares. Bem, eu estudei no Educere, que era uma escola particular e vi isso quando os meus colegas querem evitar discussões políticas.

Bem, na minha função como dissidente soviético. Eu tive que lidar com tal aversão aos termos políticos por mais os colegas sempre lembravam dos meus tempos de comentários políticos com senso de humor que fazia na minha pré-adolescência e se esquecessem que eu fazia charges.

A política foi banalizada nos últimos 20 anos. Logo entendemos isso por causa dos grupos de whatsapp onde as pessoas querem ter razão em assuntos políticos porque não leem um jornal durante a manhã e replicam lemas e opiniões sem ter uma evidência empírica sobre o assunto.

Logo entendo o desconforto do pessoal. Um colega meu pediu para que não comentasse sobre política internacional e uma amiga me manda vídeos do despresidente como forma de tirar sarro. Porém, eu me sinto tranquilo porque tenho os meus blogs onde posso falar disso.

Os tempos inocentes de comentários sobre a infância caíram de vez quando o seu amigo posta um sticker com um político para rir de algo seu. Esse é um tempo onde as pessoas tem medo de expor suas opiniões políticas em um momento onde a sociedade tem a políticafobia.

Democracia exige preparação…

Eu vi os meus amigos decepcionados com ontem a noite. Sem contar uma amiga que sofreu assedio moral enquanto ia votar em New York. Enquanto eles estavam desapontados com os rumos da votação. Eu fui arregaçar as mangas para enfrentar o futuro que nos espera. Não era um dia de uma festa onde meio mundo fica todo alegre. É uma responsabilidade para lidarmos com uma nação que não gosta dos adjetivos ofensivos.

A votação refletiu este desconforto de nossa pátria. Não é a questão do operário ou do capitão. Mas um desconfiança do brasileiro com o status quo. Isso se refletiu nas votações nos Estados Unidos onde o povo do despresidente tem um forte engajamento e hostilizou a minha amiga. Ela estava exausta porque não pode exercer o seu direito a voto com tranquilidade e respeito. Logo entendo que algo está errado no planeta.

A ressaca eleitoral nos permite uma longa reflexão. Vale a pena mobilizar recursos no mundo digital em um país onde 82 milhões de domicílios não tem acesso a internet como foi dito pelo jornalista que cobre o noticiário de TV que foi chamado por causa da ausência de programas de humor nas emissoras.. Isso nos pede uma ampla reformulação na campanha eleitoral por pensarmos nas propostas americanas para uma realidade brasileira com suas belezas e seus problemas.

O diário que publicou um editorial contra o ex-presidente e o despresidente reflete tal sina do desconforto. Hoje, os apontamentos de dedos apareçam nas redes sociais por causa de um processo de caças as bruxas. Não é hora de procurarmos culpados em uma nação que tem problemas estruturais que séculos de descoberta não nos colocam como o eterno país do futuro que está com o freio de mão puxado.

Temos um longo trabalho pra lidar com a democracia. Invés de apontarmos as doenças como uma forma de tutelar nossas escolhas nas urnas eletrônicas. O trabalho de informar a população respeitando a sua inteligência é fundamental. Manteremos os pés no chão para termos o salto alto ou vislumbrar uma comemoração antes de hora. O soberano eleitor tem a solidão e o silêncio da urna para decidir o rumo da nação. Isso precisa ser preservado…

A democracia do soberano

Os dias não tem sido fáceis para os meus amigos e minhas amigas. As redes sociais por meio do público exigem posições políticas para uma humanidade que deseja manter o voto secreto em um país de orçamentos secretos da câmara e dos atos desconhecidos do Senado. Logo entendemos como a nossa nação lida com um desafio de ir as urnas para a escolha de um novo congresso junto com um novo ocupante do Planalto.

Os brasileiros estão preocupados com o futuro tanto pelos sonhos quanto pelos pesadelos. Não temos programas de humor que poderiam ser uma válvula de escape com piadas sobre a nossa situação política onde não sabemos lidar com as nossas inquietações em um momento onde a população quer ter uma tranquilidade socioeconômica como forma de arrumar a casa por meio de ajustes econômicos de longo prazo.

A cultura e as artes querem definições sobre política públicas. As montadoras querem tranquilidade enquanto os agricultores e pecuaristas estão preocupados com suas exportações de grãos e carne. Os ecologistas e as lideranças indígenas querem a liberdade sejam respeitadas para ter uma floresta preservada e de pé. Os economistas pedem uma agenda econômica para termos algum futuro próximo no bananaquistão.

Os brasileiros terão um longo caminho pela frente para decidir diante da solidão das urnas ao digitar os números para os cargos eletivos desde primeiro turno de uma eleição anormal pelas contestações ao sistema eleitoral e logo percebemos que não estamos sozinhos porque temos uma longa presença de Hollywood e do show business nos acompanhando como torcedores na torcida de uma final de copa do mundo.

Hoje é um dia tão complicado para todos nós porque veremos se as pesquisas de opinião estão corretas ou erraram de uma vez. Estaremos ligados no noticiário após o término das votações para veremos os resultados de um pleito. As redes sociais serão os indicadores do senso de humor de nossa população tão polarizada. Logo entendo que a democracia tem um soberano que se chama O eleitor e suas escolhas na urna

Bom voto a todos……

Espera o resultado…

As redes sociais estão em frenesi por causa das eleições de amanhã. Mas se as pessoas estão compartilhando tweets e afins. Lhes pergunto sobre as propostas dos candidatos em que irão votar no silêncio da solidão de uma urna eletrônica?

O clima de já ganhou é péssimo para a democracia e nos frustra porque nos cria uma sensação de pressão para votarmos em um determinado candidato para não ser mal visto na vizinhança independente de posições políticas do local onde você mora.

Precisamos de uma democracia, mas exigimos o respeito ao soberano eleitor. Algo que está em falta em nossa nação desde 2002. As pessoas estão cansadas do desgoverno. Mas os lados do populismo de rede social querem acabar logo com o pleito por temores de uma ruptura. As celebridades estão sentindo isso quando perdem seguidores por declarar uma posição seja nas entrelinhas seja por posições diretas.

Esse clima é péssimo para uma democracia. Minha experiência pessoal como leitor dos cadernos de internacional mostra está sensação em países como Hungria e Itália onde o eleitorado local decidiu manter suas convicções. Eu me pergunto porque não teve o tal engajamento na semana passada em Roma onde a ilha de Lampedusa é o principal ponto da chegada de imigrantes vindos do continente africano?

Em um ambiente polarizado, as contradições são camufladas de argumentos como uma forma de calar as contestações. Para mim, temos o voto como nosso direito de escolher um novo parlamento seja estadual seja federal. Mas não ficarei surpreso com as alegrias e frustrações a serem anunciadas ás 17 horas no horário de Brasília….