As más notícias do front ocidental

Eu tenho uma amiga que é autista que mora no Canadá. Ela ficou ausente das redes sociais por um tempo por causa da últimas notícias vindas do Rio Grande do Sul. Uma conhecida minha adotou a mesma estratégia. Na eclosão da guerra Israel-Hamas, eu fiquei mal com o mundo com direito a crise de ansiedade. Tive que me afastar do noticiário por uma semana. Mas será que as últimas tem nos feito tão mal?

As pessoas estão mais expostas as reações do mundo e se adoentam por se sentirem impotentes e com as mãos atadas diante do cenário desolador que nos assola. Isso se amplificou com as redes sociais onde a humanidade expõe suas virtudes e seus vícios sem filtro. A guerra em Gaza deu palanque a pessoas que se julgam as ditadoras da minha opinião enquanto a tragédia no Rio Grande do Sul deu palco ao cinismo e descrença.

Isso me lembra o doctor Jeckill e Mr. Hide tão bem representado pelo desenho do Pateta nos anos 1940 onde um educado pedestre se transforma em um motorista monstruoso. Porém, isso ocorre na humanidade por que as redes sociais são isentas de responsabilidade por opiniões ditas por seus usuários. Isso é um pilar da internet comercial criada nos Estados Unidos em 1996 sacramentada pelo artigo 230.

Hoje, os jovens sofrem com as redes sociais por ver o pior da humanidade. Ao mesmo tempo que pessoas como eu e a minha amiga autista sofremos com as nossas crises existenciais. Em tempos que se inventam novos métodos de educação que não resolvem o cerne da questão de nossos adolescentes que não sabem interpretar um texto ou perderam a capacidade de separar a ficção da realidade por meio de tais textos de rede social.

As notícias não nos fazem mal. Mas a rede social com seus problemas e sua forma de ver o mundo onde o ódio é o combustível do pensamento público não nos permite ver o lado belo da vida como a generosidade brazuca com o povo gaúcho ou as pequenas conversas entre palestinos e israelenses com suas diasporas tentando achar o ajuste fino da paz mesmo com o Hamas e o Bibi querendo enterrar a paz entre nós. Afinal, o bom coração não dá lucro no vale do sílicio.

Virtus Exclusive

Em 1990, a Volkswagen lançou uma versão de luxo do seu sedã Santana para o mercado brasileiro em um tempo onde a liberdade criativa das filiais brasileiras das montadoras estrangeiras era absurda por não termos o conceito do carro global. O Santana Exclusive tinha um acabamento que poucos carros nacionais tinham na época como bancos confortáveis e afins. No ano passado, a VW lançou o Virtus Exclusive.

Ontem, eu vi um Virtus Exclusive que é de um amigo taxista da minha mãe que estava no caminho da minha casa. Eu fui tirando as dúvidas com ele e ela a reboque da nossa conversa. Ele me mostrou o VW play e lhe perguntando coisas sobre o carro. Esse é seu segundo virtus e falando das virtudes do carro por ser econômico e além de ser espaçoso. O carro lhe ajuda com o trabalho de taxista por ter um bom espaço interno.

Eu tinha lhe falado do comparativo do Virtus com o Nissan Sentra feito pela revista quatro rodas em Março. O Nissan venceu a parada. Mas para o taxista, o Virtus é melhor para lhe atender suas necessidades como ter um carro com manutenção barata e como ele anda muito por causa dos passageiros como uma forma de baixo custo com a gasolina por ser econômico tanto na cidade quanto na estrada.

Eu estava impressionado com a drl que nada mais do que a luz diurna do carro entre outros equipamentos de segurança como o controle de cruzeiro adaptivo junto com o sensor de faixa. Além de ter falado com orgulho da chave presencial que lhe ajuda com as portas do carro. Eu estava na padaria junto com ele e com a minha mãe. No caixa, ele estava cansado e queria ir para casa para tomar o café da tarde.

A retomada da leitura da quatro rodas e da auto esporte ajuda nessas horas…

As narrativas

Eu fico lendo o jornal naqueles momentos de achar esperança na humanidade. Mas isso é posto em vão na enxurrada de informações. Todos querem a paz no Oriente Médio. Porém, o primeiro-ministro israelense insiste na guerra e o líder militar do Hamas persiste na tortura psicológica. Tanto que os articulistas estão mais perdidos do que nunca na falta de clareza da situação em seus artigos nos jornais, revistas e sites.

Então, usam o termo narrativa…

Parece que as coisas não estão indo bem. Então, usemos a narrativa. A grande confusão intelectual dos tempos da rede social se resume a contar uma história para agradar as massas invés de investigar os fatos para entender a situação. A militância do rio ao mar quer pregar que Israel é algo colonialista enquanto a população israelense afirma que precisa se defender do antissemitismo presente nas entrelinhas.

Enquanto a nós, ficamos confusos com o tiroteio da notícia…

Mas vamos esclarecer as coisas. Israel tem o direito de se defender. Porém, isso não se resolve com bombardeios a esmo. Mas o recurso de ataques militares foi adotado por causa da capacidade militar do Hamas de lançar foguetes em regiões próximas a fronteira com Israel. Os israelenses não deveriam ter cortado o fornecimento de energia, água e comida para a população da Faixa de Gaza e ter se referido aos palestinos como animais nas palavras do ministro de defesa israelense.

Os estudantes universitários que defendem a Palestina livre deveriam ter um pouco de nitidez intelectual. Os palestinos não são uma muleta para suas aspirações utópicas. Eles querem um estado livre. Eu defendo uma dupla derrota entre o líder do Likud e a liderança do Hamas para que a paz reine entre a Palestina e Israel. Mas temos uma névoa que não se esclarece com o tempo.

Quando não temos clareza nos fatos. Vivemos o sequestro da narrativas tão comuns no mundo contemporâneo.

Chuvas no sul e o amigo preocupado

Quando trabalhei na rádio FT. Eu tinha o meu chefe gaúcho. Lembro das vezes onde não podíamos trabalhar devido a uma queda de energia em Pelotas, cidade onde ele mora. Hoje, eu tenho amigos no Rio Grande do Sul se mobilizando para mandar mantimentos as famílias atingidas pelas fortes chuvas no estado. Eu fico preocupado com eles mesmo estando em Pinda e não tendo como mandar a ajuda que tanto precisam.

A minha amiga torcedora do Maple Leafs mora em Cachoerinha, no interior gaúcho. Ela tem feito campanhas de arrecadação para comprar produtos de higiene para a população. A torcedora do Hamilton tem passado maus bocados em Caxias. Onde mora e estuda ao mesmo tempo que se preocupa com as barragens e diques que armazenam água na região. Meu amigo nerd gaúcho mora em Porto Alegre está juntando as coisas para doar.

Quando estamos nas redes sociais com as mãos atadas ou indo a luta para juntar suprimentos e organizar linhas de resgate para as vítimas. Eu compartilhei a lista de QR codes para os pagamentos em pix que meus amigos do mundo do Hockey estão fazendo para mandar recursos ao necessitados. Ao mesmo tempo as pessoas tem adotado a transparência ao prestar contas no uso do dinheiro doado a tais contas.

Os animais não estão sendo deixados de lado com veterinários e amantes dos pets usando suas forças para resgatá-los. Além das pessoas que estão criando abrigos para tais seres onde possam ser tratados. Os programas de humor no rádio gaúcho que acompanho no meu Instagram estão parados até segunda ordem para que as emissoras desse prioridade com prestação de serviço com as informações junto com os apelos do governos municipais e do Palácio Piratini como uma forma de ajudar os gaúchos.

Os dias tem sido complicados para cantos remotos do nosso país como aqui em Pinda. Eu vejo o esforço nas redes sociais onde a prestação de contas combina com a seriedade da situação. Quem estiver lendo este post. Um aviso: precisa-se de água mineral a ser enviada ao RS por causa da falta de tratamento do esgoto e do abastecimento que foi afetado com as fortes chuvas. Os postos dos correios junto com a defesa civil estão aptos para receber doações como roupas, produtos de higiene, alimentos e afins.

Então, ajudem o pessoal nesse momento….

A comédia é uma válvula de escape na América

A semana nos Estados Unidos foi tensa diante da entrada de policiais nos campos universitários pelo país como na Universidade de Columbia em New York. Sem contar as tensões entre republicanos e democratas em um ano de corrida na Casa Branca. Mas o país de Portland tanto em Oregon quanto em Maine riu do roast da Netflix onde o ex-quarterback Tom Brady foi zoado com piadas pesadas vindas de Jeff Ross a Kevin Hart.

A mídia esportiva americana celebrou o ato como nas reações do First Take da ESPN com Stephen A. Smith e Shannon Sharpe até Pat McAfee em seu talk show esportivo no YouTube. Sem contar Rich Eisen ter sido o mestre de cerimônias do evento ao apresentar a abertura. Logo em um fim de semana onde o Saturday Night Live fez piadas sobre o julgamento do ex-presidente Donald Trump junto com a provável colega de chapa Kristy Noem por causa do seu modus operandi com cachorros.

O humor nos Estados Unidos é uma válvula de escape de uma realidade tão complicada. Jeff Ross fez piadas cabeludas sobre OJ Simpson na sua entrada no evento com a camiseta número 32 e usando luvas que foram as provas que inocentaram o jogador no julgamento de 1995 que foi considerado um evento do século 20 dado o fato de Simpson era um jogador lendário e um ator consolidado nas comédias americanas como a franquia Naked Gun.

O roast foi transmitido ao vivo pela Netflix. Ou seja, os dados sobre a audiência ainda não foram divulgados. Eu assisti uma parte na tarde de hoje e fiquei rindo das piadas tanto de Hart e Ross quanto na estocadas de Drew Bledisloe (escolha nº1 do draft de 2000) e Randy Moss (um dos melhores catchers da NFL nos anos 2000). Sem contar as piadas sobre a inteligência de Rob Gronkowski e a vida sexual do dono do New England Patriots Robert Kraft.

Tais piadas seriam censuradas no Brasil onde os processos cíveis são comuns por parte de celebridades e pessoas públicas contra os humoristas por lhe fazerem troças de seus atos. Sem contar o nosso estômago fraco para o humor negro onde Leo Lins teria uma boa vida sem os custos processais. Os brasileiros são politicamente incorretos, mas não contem isso para os nossos políticos, artistas e intelectuais públicos com impetos paternalistas de ocasião.