Autista no mundo

Eu sempre estou conversando com os meus amigos anglo-saxões na minha nova conta no Twitter. Eles me conhecem de outros carnavais por causa do senso de humor. Isso me lembra dos tempos do instituto onde eu tinha várias tiradas mesmo não lendo as colunas do José Simão ou visitando os sites de charges no laboratório de informática. Foi assim que moldei um senso de sarcasmo para um autista desconhecido como eu.

Eu ficava no canto da portaria para ler o meu livro. Logo eu tinha uma conversa com o Alberto, o meu amigo inspetor de alunos que estava estudando teologia. Ele tinha uma piada interna comigo ao me ver com uma garota em frente ao seu posto. Ao mesmo tempo, ele me ajudou sobre o meu senso de isolamento.

Nos últimos dias do ano letivo. Eu estava sentado em um dos bancos esperando o Rodolfo chegar para poder imprimir textos usando os computadores da Fatec por que o Alexandre tinha me emprestado a senha do UOL para a seção Mídia Global. Alberto me viu e me contou a história de um frade que estava olhando para uma pedra. Os noviços estavam curiosos com tal hábito. Então, quando perguntado sobre o que estava fazendo. Ele respondeu: estou aprendendo com a pedra.

No autismo, nós temos os nosso hiperfocos e interesses especiais. Isso me uma sociedade onde as pessoas querem ter explicações para suas indagações e se associam a diagnósticos de rede social porque acha que uma consulta com um neuropsicólogo é muito cara e não é coberta pelo plano de saúde. Eu lembro nas idas e vindas com as psicólogas onde os meus pais me entendiam mesmo com tantos problemas.

Aprender com a pedra na analogia de Alberto me fez entender o mundo. O senso de humor me ajudou porque eu tinha uma liberdade para rir de mim mesmo onde podia questionar a humanidade com a tirada dita por mim.

Isso é senso de humor de um autista…

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