Um passo maior que a perna em quatro rodas

Eu tenho um amigo que é jornalista automotivo. Ele pegou o trem rumo ao aeroporto com uma viagem para Pequim onde cobrirá o Salão do automóvel local diante das novidades das montadoras chinesas como a GWM e BYD. Os chineses apostaram nos elétricos como uma forma de ter o chamado China factor e sua indústria é temida pelos americanos assim como foi os carros japoneses nos anos 1980 e o sul-coreanos nos anos 2010.

Pois bem, só que a indústria enfrenta percalços como as dores do crescimento…

Nessa semana, a edição global do site Inside EVs publicou uma reportagem sobre os problemas dos donos do Toyota Mirai nos Estados Unidos. O Mirai é um carro movido a hidrogênio por ter um motor elétrico alimentado por um célula de energia onde o H2 é armazenado em um tanque instalado nos entre-eixos do carro assim como o Hyundai Nero e o Honda Clarity. Só que a rede de postos de tal combustível teve reveses como o fechamento dos serviços da Shell no estado americano da Califórnia.

Nos Estados Unidos, a General Motors está revendo a sua estratégia global de vender apenas EVs em 2035 com a adoção de carros híbridos plug-in, ou seja um sistema de um motor a combustão combinado com um motor elétrico cuja a bateria é carregada na tomada de casa ou um posto de recarga. Ao mesmo tempo que a Tesla sofre críticas devido aos sistemas de condução autônoma e os problemas de suas baterias no inverno rigoroso do hemisfério norte.

Os carros tanto elétricos quanto os movidos a hidrogênio não passam a confiança aos seus donos. Lembro de uma fala do meu amigo Lurrinha ao comentar que um EV não tem um segundo dono e fui ler que os custos de uma bateria original de um BMW I3 ano 2015 custam mais de 300 mil reais para um carro cujo o valor de revenda beira R$ 128 mil.

Ou seja, vamos ter que aperfeiçoar os processos de produção invés de postar um vídeo difamando a Tesla Motors…

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