Anos atrás, eu estava no Twitter onde um cara queria constranger uma twitteira. Então, eu lhe constrangi lhe dando uma cantada. Ele ficou perdido e aquilo se encerrou com a moça constrangida ao ver dois machos falando de cantadas. Eu lembro disso quando vejo uma grande amiga como a torcedora do Maple Leafs ter compartilhado o trailer da série documental Receiver, da Netflix, onde o tight end do 49ers, George Kittle, tem uma foto de cueca que foi usada em um ônibus.
Posso dizer que me sinto bem assim. Falar da minha sexualidade me ajuda a lidar com os fantasmas como as perseguições que sofria no Educere onde os meus colegas não me aceitavam por ser diferente. Lembro das brincadeiras onde eu tinha uma munheca desconcertante ou queria ficar mais tempo com os meninos. Mas não era aceito nem para os jogos de futebol da nossa sala cujo o nosso time era pior que o Tabajara Futebol Clube.
No instituto, eu não tinha esse problema. Eu era uma espécie dos poetas românticos do Sturm und Drung alemão do século 18 onde não via alegrias por não ter uma namorada. Eu tinha muitas amigas por ser o cara do humor engraçado. Isso me fez ser popular entre os meus amigos por conhecer as garotas e puxar um papo com elas tanto no ensino médio quanto no técnico quando estudei informática para passar o tempo.
No Técnico, eu tinha um amigo que vivia na turma da nutrição por causa de suas amigas. No Instituto, havia um lema onde quem fazia informática ou administração, nem era macho suficiente para a mecânica e nem viado o suficiente para a nutrição. Em tempos onde o Papa Francisco tem sido cobrado por usar termos como Viadagem para descrever a falta de determinação entre os noviços que ingressam na igreja católica para serem padres.
Hoje, as pessoas não toleram a vida sexual alheia com as recriminações nas redes sociais. Eu vejo o sofrimento dos jovens em não serem aceitos por suas bolhas por não preencher os requisitos de um determinado grupo. Enquanto a mim, eu falo de homens bonitos sem nenhum constrangimento como na vez que comentei a bunda de Shohei Ohtani sem nenhum constrangimento junto com o meu amigo After Home Plate.
Homo Causticus 