A arte liberta o mundo

Nos anos 1970, os americanos viviam a ressaca da guerra do Vietnã. Os filmes de terror eram uma resposta ao pensamento de uma crise existencial na América com a derrocada conservadora representada pelo Partido Republicano junto com a nova onda do Partido Democrata onde Jimmy Carter falava dos direitos humanos como uma forma de restaurar a autoridade moral de Washington perante o mundo.

Nos anos 1990, o Ocidente triunfava após a derrocada soviética. Mas se esquecia dos problemas como a guerra cívil na Iugoslávia junto com o genocídio em Ruanda. Ou seja, enquanto as partes esquecidas da África e dos Balcãs caíam em uma luta social enquanto os tigres asiáticos e a américa latina viviam suas crises econômicas entre as ditaduras e as democracias. Mas fomos ignorados como sempre no hemisfério norte.

Nos anos 2020, lidamos com a Guerra da Ucrânia e o conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas. Mas o Ocidente do norte só quer ficar distante de um conflito nuclear com Moscou e do desespero palestino. Como é comum nesses momentos, eles ignoram os israelenses que querem se livrar do seu primeiro-ministro e os palestinos que não desejam ser um Irã 2.0 na palestina. Afinal, o mundo quer a paz que não vem em presente de natal como diria Albert Camus.

Nessas horas a arte nos liberta. Temos um dever moral de tirar sarro das autoridades constituídas e desprezar os valores e princípios dito por conservadores, progressistas e aqueles seres que se dizem porta-vozes de um movimento que desejam impor uma crença perante todos. Não ficarei surpreso se Trump voltará nas urnas ou se a extrema-direita ganhe corpo na Europa Ocidental ou vermos as velhas censuras feitas por acadêmicos.

O grande problema dos polos ideológicos é que se levam a sério demais na conquista de corações e mentes enquanto os paladinos do politicamente incorreto são a quinta coluna da incorreção política enquanto os artistas de tv e do cinema se julgam como porta-estandarte de um novo mundo que só dá lucro para a sociedade patriarcal de consumo. O que nos resta é questioná-los e sermos os velhos iconoclastas de sempre.

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