Estamos velhos, mas passamos bem

Minha amiga torcedora do Toronto Maple Leafs tem 25 anos e mãe de um lindo garotinho autista nivel de suporte 2. Ela cuida do menino com orgulho apesar das dificuldades de uma criança do TEA como eu passei com a minha mãe na idade dele. Nós estávamos falando de envelhecimento no Twitter e logo me vem a mente sobre a necessidade da geração atual em aparecer em uma eterna juventude invés de conviver com a velhice.

Nos anos 1990, eu era uma criança que se preocupava com o futuro por causa dos temores sobre a minha vida por não ter amigos na minha idade. Eu me sentia bem com os senhores de 60 anos junto com outros adultos com quem podia conversar na sala de espera do consultório da minha psicóloga. Eles não queriam perder as esperanças comigo por lidar com os meus colegas de geração com um ar de desespero.

Eu me lembro de estar falando sobre a ditadura militar argentina com o meu pai em 1998 após ler as vejas sobre a guerra das Malvinas. Sem contar a vez que conversei com um senhor sobre os carros da Eslovênia no reveillon daquele ano por mais que não suportasse o barulho dos fogos de artíficio devido por ser autista com sensibilidade a barulho. Ser adulto para mim era ter de dizer um eu te amo para a amada.

Minhas colegas do Educere comentavam sobre eu ser maduro demais para elas. Muitas ficavam discutindo as Boybands como Nsync e Backstreet Boys enquanto eu ficava estudando sobre a corrida espacial entre americanos e soviéticos por conta própria. Eu me sentia bem assim por mais que as diretoras do Educere falavam para a minha mãe me mandar para uma psicóloga por me verem sózinho no intervalo.

Quando eu assistia os filmes da franquia 007 por causa dos carros como os Aston Martins e BMWs sendo modificados para serem usados por James Bond em mais uma daqueles momentos onde a humanidade de um vilão louco com sua capacidade de destruir o mundo. Eu queria andar naqueles carros como se fosse um fantasma. Isso me soava tão comum por ler a quatro rodas. Afinal, eu não pensava em envelhecer. Mas penso nisso agora…

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