Quando lia o caderno New York Times na Folha de S. Paulo nos anos 2010. Eu ficava fascinado com as pautas tão diferentes do que lemos nos jornais brasileiros na ocasião. Nos anos da ditadura militar, os jornalões tinham correspondentes na Europa, Estados Unidos e na Ásia como a Folha tinha Oswaldo Peralva em Tóquio nos anos do Boom Izanagai e Geraldo Mello Morão em Pequim nos tempos da Gangue dos quatro.
Eu ficava lendo a imprensa estrangeira na seção Midia Global no UOL durante o tempo livre no laboratório de informática no Instituto quando estava no curso de técnico naquele momento. Eu tinha um grande amigo como o Alexandre que estava na Fatec como professor de história da metalurgia. Tínhamos um trato que ele me imprimia as matérias com mais de quatro páginas como as entrevistas da revista alemã Der Spiegel.
Eu não tinha noção de ter um blog para escrever. Quem ligou os pontos foi o meu mestre John Major quando estávamos na sala de manutenção da informática. Eu queria ser jornalista para ser correspondente internacional. Nas últimas semanas no Ensino Médio no instituto. Eu aproveitava as impressoras da fatec para imprimir textos da Mídia Global para poder ler por que não tinha internet em minha casa.
Quando tivemos internet em casa era discada e só usávamos no fim de semana para não pagar o pulso. Eu trabalhava na oficina do meu pai. Com o pagamento que recebia. Eu economizava para pagar o conserto de nossa impressora. Isso nos ajudou tanto com os meus textos do UOL junto com a minha tia conseguir um emprego após anos de trabalhos instáveis devido a perda de licitações no trabalho dela na ocasião.
No curso de informática, os meus colegas ficavam impressionados por causa do meu hábito de ler e montar as redes de suprimentos de jornais e revistas para que pudesse ter material para escrever um dia. Quando criei o Homo Causticus em 2010. Eu não tinha muita noção de pauta para publicar por estar me acostumando com a banda larga e a plataforma do wordpress. Ou seja, era um pensamento de primeiro mundo para um país de terceiro mundo.