Em 2006, eu comecei a ouvir o comentário do saudoso correspondente da Jovem Pan em Paris Reali Jr. A entrada com a marselhesa sendo entoada com as informações da cidade luz eram escutadas com atenção. Isso me fez pesquisar na biblioteca da escola sobre François Mitterrand naqueles livros do ano da Barsa editava nos anos 1980. Achei a foto de Mitterrand em um carro aberto desfilando pela champs elyseé indo ao arco do triunfo para depositar as flores no túmulo do soldado desconhecido.
A foto em um citroen SM adaptado para o evento me deixava intrigado. Mitterrand foi ao Palácio do Eliseu com um GSX que era um fastback que atendia os pedidos do político socialista para a cerimônia de posse onde se encontrou com Valery Giscard D’Estaing onde conversaram como o protocolo era pedido. Pois bem, os carros me encantavam porque a passagem de poder era feito de uma forma mais simples com a ida de um carro a sede do governo.
Nos anos de acompanhar a política britânica. O primeiro-ministro quando renuncia do cargo vai ao palácio de Buckingham para entregar a sua carta de renúncia ao rei que lhe aconselha a convidar o líder do partido com maioria na câmara dos comuns para formar um novo governo. Esse gesto era feito em carros como o Rover P5, Jaguar XJ e recentemente usando os Ranger Rovers como na confusão da saída de Liz Truss e a indicação de Rishi Sunak.
Em 2012, François Hollande era o presidente francês a assumir o cargo que foi ao Eliseu em um citroen DS5 que tinha um teto solar panoramico que lhe permitiu fazer o trajeto da Rue de Solferino até o Elysee sem problemas em seu desfile pela Champs Elyseé onde foi ao arco do triunfo para depositar flores ao túmulo do soldado desconhecido mesmo sob chuva que lhe atrapalhou na ida a Berlim para se encontrar com a então chanceler alemã Angela Merkel.
Um raio atingiu o jato presidencial em pleno voo e teve que voltar para trocar de avião. Eu tinha uma amiga com quem conversava no facebook quando estava assistindo a BBC World News no momento da coletiva entre Hollande e Merkel. Contei este contratempo pra ela e logo arrematei dizendo que deus queria ter uma palavrinha com o presidente francês antes da chanceler alemã. Coisas de senso de humor forjado ao ouvir os boletins da Maison de la radio.
Homo Causticus 