Uma namorada que não tive

Durante toda a minha vida de adolescente. Eu tentei namorar tanto sendo pré-adolescente quanto sendo V for vendetta. Lembro dos tempos do Educere onde um beijo na boca rendia uma suspensão na escola onde os meus colegas ficavam em panelinhas para tentar namorar. Uma vez, um colega meu gastou muito em um correio elegante que nada adiantou para tentar um namoro. Hoje, ele é um dono de um curso de idiomas enquanto ela é uma bela mãe (efeito Instagram/Facebook).

Por mais que eu fosse desastrado com as garotas nos tempos de Educere. Eu era o único que tinha o hábito de falar com as estagiárias de pedagogia mesmo sendo um garoto de 13 anos de idade. Eu era muito avançado para a minha época pelo hábito de acompanhar o noticiário. Isso em uma época que não tínhamos redes sociais em 2001. Logo entendo a frustração dos meus colegas de Educere em não ter uma namorada.

Quando fui para o instituto em 2004. Logo tivemos uma greve de professores por quase 3 meses. No retorno as aulas, eu fui fazendo amizades com as garotas da escola mesmo sendo um garoto de 15 anos no 1º ano de ensino médio. Eu conhecia as minhas amigas por meio de amigos em comum já que não tinha internet em minha casa. Eu ficava na biblioteca para aproveitar o tempo livre pra aprender sozinho por conta própria.

Os meus colegas do instituto tinham namoradas. Eu não ficava abatido por não ter uma namorada. Mas me sentia só por não ter uma garota que me amasse com quem poderia falar de nossas músicas românticas. Isso piorava enquanto escutava tais canções no rádio onde estava em minha formação musical com bandas como Aerosmith e U2. Logo entendia tais sofrimentos como um jovem sem um amor.

Na única que pedi uma garota para namorar. Ela recusou por causa das cicatrizes de um namoro que não deu certo com um amigo meu. Eu fiquei desnorteado com tal recusa que preocupou a minha mãe por causa do autismo. Porém, eu tinha um grande amigo da Fatec como o Alexandre que me chamou para uma conversa e aquilo mudou a minha vida porque descobri a seção de mídia global do UOL e me interessei por política internacional.

Hoje, estou bem e mas agradeço a ela por ter me amadurecido no meio de uma dor. Assim caminha a humanidade.

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