O escritor Tcheco Franz Kafka sempre temia a burocracia em nossas vidas. Mas para aquele que escreveu A Metamorfose e O Processo. Seu trabalho como corretor de seguros era uma grande chatice. Conheço uma amiga que vive em meio aos processos burocráticos que tiram as pessoas do sério da alta complexidade até a falta de um simples carimbo. Ela se chama Simone e ver sua vida rodeada de papéis.
Simone sempre toma aqueles remédios para poder suportar a pressão de seu chefe estúpido ou dos colegas que mal lembram o seu nome. Ela queria viver as aventuras de sua xará Simone de Beauvoir e outras feministas. Mas um emprego em uma daquelas companhias corporativas que tem várias filiais pelo mundo cujos os números são maiores do que as economias de países pequenos da Europa Ocidental.
Ela queria encontrar o seu amor sem ter que viver nos remédios que apenas amenizam sua tediosa vida. Simone quer viver uma vida onde apenas uma companhia amada e um lugar no meio do nada para ficar livre da chatice das festas de fim de ano do mundo corporativo onde tem que puxar o saco de seu chefe para ter um simples aumento ou uma promoção para um cargo melhor remunerado pela empresa.
A burocracia é um dos males da modernidade junto com a eterna mania de ser jovem que a Simone tem de aguentar nas fofocas contadas por suas colegas. Ela quer apenas fazer o seu trabalho de forma tranquila. Ser uma pessoa sensata no meio da loucura da vida moderna. Mas isso é pedir demais para um pobre deus que tem que aguentar os pedidos de uma população ansiosa por respostas para seus males íntimos.
Simone quer viver a sua vida como uma forma de mostrar que é possível manter seus princípios sem se corromper a este mundo corporativo tão hipócrita quão cruel com aqueles que apenas querem ter sucesso na carreira e ser um orgulho para a sua família que acreditou em seus esforços. Mas Simone está condenada a tomar aqueles remédios para manter a sua sanidade. O desejo de ter uma vida simples é a força motriz contra a burocracia que lhe cerca.
Homo Causticus 